Talento da natação, jovem de Itapuã disputa vaga nas Olimpíadas 2016

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Além de celeiro musical e reduto dos poetas, Itapuã pode ser considerada uma fábrica de talentos no esporte. Dessa vez, saímos das quadras para as piscinas. Com apenas 15 anos, o itapuãzeiro Cauã Vinicius Oliveira, é heptacampeão baiano na natação e está entre os mais cotados para disputar as Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro.

A paixão pela natação veio bem cedo. Cauã começou a praticar o esporte aos três anos, por incentivo do tio que é salva-vidas. De lá pra cá, o jovem já acumula uma coleção de vitórias. Na categoria em que compete, Juvenil 2, já foi eleito o melhor nadador baiano, por sete vezes, além de ser vice-campeão do Campeonato Brasileiro de Inverno Infantil e Juvenil deste ano.
natacao-3Para obter a classificação para as Olimpíadas, Cauã segue um treinamento intenso. “Até lá serão várias eliminatórias e tem o período da seletiva, onde é preciso cumprir o tempo solicitado pela confederação para ser classificado. Estou treinando pra bater essa marca. Procuro reduzir os tempos a cada dia”, diz.

O jovem que é especializado em nado Crawl Livre 50 e 100 metros sem borboleta, não vê a hora de alcançar a chance de participar de um Mundial. “Estou feliz por ter a possibilidade de representar meu país”, afirma.

Sem espaço para a natação

Como muitos atletas do estado, Cauã não conta com patrocínio para arcar com as despesas das viagens, treinos e competições. “Meus pais é que bancam os gastos quando vou para as disputas. Eles são grandes incentivadores”, reforça.

Para ele, o estado da Bahia está longe de ser uma referência na prática da Natação. “A única piscina de 50 metros que havia não existe mais, pois perdeu lugar na construção da Arena Fonte Nova. Eu treino na piscina semiolímpica do Clube Costa Verde, não há muitas opções. Porém, por não ser olímpica, faz bastante diferença no treino, influenciando na resistência”, frisa Cauã.

“Infelizmente, faltam investimentos do Governo e maiores incentivos para os atletas. Eu vejo muitos que estão saindo daqui ou deixando exercer o esporte, por falta de uma estrutura adequada”, completa.

Fonte: ItapuãCity | Camila Barreto

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