Após vistoria, Conder avalia remanejamento de estação elevatória no Abaeté

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Na manhã da última quarta-feira (27), a equipe técnica da Conder esteve na APA Lagoas e Dunas do Abaeté para avaliar a possibilidade de mudança de local para construção da estação elevatória de esgoto. O pedido de remanejamento tem sido feito por moradores e movimentos de preservação ambiental.

O presidente da Conder, Sergio Silva, percorreu a área com lideranças locais, conhecendo dois novos locais para possível remanejamento da obra, visando minimizar o impacto ambiental e visual na área da Lagoa. Até a próxima terça-feira (02/06), será apresentado um novo estudo de viabilidade técnica, com objetivo de atender essa solicitação da comunidade.

Estação elevatória de esgoto no Abaeté; saiba mais

A implantação da estação elevatória de esgoto do Abaeté faz parte da terceira fase do pacote de obras de macrodrenagem, requalificação e reurbanização da comunidade da Baixa da Soronha, que fica no entorno do Parque Metropolitano do Abaeté e está recebendo um investimento de 14,5 milhões.

O Parque ainda possui o sistema de fossas sépticas, implementadas desde a sua inauguração na década de 90. Com mais de 20 anos de utilização, o modelo de saneamento é considerado arcaico e os estudos apresentados pelo poder público apresentam como justificativa a construção da estação elevatória como alternativa para prevenir uma possível contaminação dos lençóis freáticos que alimentam a Lagoa do Abaeté.

Atualmente, a manutenção das três fossas existente é realizada mensalmente por uma empresa terceirizada. Ou seja, os dejetos se acumulam no recipiente durante o mês, até a limpeza. Com a construção da estação elevatória, esses resíduos serão imediatamente redirecionados para a rede de esgoto de Itapuã através de bombeamento.

Impacto ambiental na APA

Uma das questões levantadas por nativos e ativistas ambientais é o impacto da obra na Área de Preservação Ambiental Lagoas e Dunas do Abaeté. No mês de maio, funcionários da empresa que executará a obra iniciaram a demarcação do espaço de 240 metros quadrados às margens da Lagoa do Abaeté.

A ação resultou em mobilização de toda a comunidade, para a tentativa de pausar o início da obra e propor um novo local para a sua construção, que possua o mínimo possível de impacto ambiental.

Coletivos como o Fórum Permanente de Itapuã, Nosso Quilombo e demais grupos de trabalho, como a Câmara Técnica que foi formada para auxiliar o Conselho Gestor da APA Lagoas e Dunas do Abaeté, estão envolvidos na discussão de alternativas para o modelo de saneamento atualmente proposto pela Conder, que já possui autorização do INEMA para ser executado.

Mobilização

Além de acionarem o Ministério Público do Estado da Bahia, através da 5ª Promotoria do Meio Ambiente, e Ouvidoria da Câmara Municipal, os coletivos envolvidos na mobilização em prol da preservação da APA também lançaram uma petição online, que já conta com mais de 5 mil assinaturas de apoio.

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