Campeões em Cidadania

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A eliminação precoce da seleção japonesa na Copa do Mundo não diminuiu em nada a grandeza da pequena ilha asiática. Os japoneses são conhecidos pela cordialidade, honra e coerência com que levam a vida. A figura do professor, por exemplo, é tão respeitada no Japão quanto a do Imperador e não por acaso a terra do sol nascente é hoje uma grande potência socioeconômica.

Nessa Copa os japoneses nos deram mais uma lição de cidadania. Limpar os estádios após as partidas é um hábito já comum desse povo, inclusive, no mundial de 2002, realizado no Japão e na Coréia do Sul, esse foi um assunto recorrente nos noticiários, que ressaltavam a civilidade oriental ao recolher o lixo das arquibancadas após os jogos.

Aqui no Brasil  o bom exemplo se repetiu. Foi bonito ver a torcida de olhos puxados recolher o lixo das arquibancadas de forma espontânea, consciente e com extrema naturalidade, mostrando que esse é um hábito que faz parte da rotina do torcedor japonês.

O mais irônico disso tudo é que, na verdade, esse é o comportamento que se espera de todo e qualquer cidadão do mundo. Seja ele da nacionalidade que for. Esta deveria ser a regra da sociedade. Pensando bem, ser civilizado não deveria causar tanto espanto.

A inversão de valores chegou num nível tão gritante, no entanto, que o que se considera “normal” hoje é agir conforme a barbárie. Enquanto que ter atitudes em prol da coletividade e do bem comum virou “exótico”.

Os samurais azuis infelizmente não disputarão a Taça, mas já são campeões em respeito e medalhas de ouro em cidadania.

Arigatou.

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