Moradores de Itapuã reclamam do som alto em rua

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O som do carro que passa pelas ruas estreitas concorre com as buzinas por causa do trânsito complicado. A rádio comunitária toca Pablo e os concorrentes tentam ganhar no grito os clientes “mulher bonita não paga, mas também não leva”.

O comércio bem movimentado, músicas para todos os estilos. Quem passa pela Rua Genebaldo Figueiredo, em Itapuã, não imagina o sofrimento dos moradores aos finais de semana com os paredões de som. “Aqui em itapuã é barulho o tempo todo, sempre teve! Não adianta nada denunciar, pois os caras coloca som direto”,  afirma Paulo Trigueiros, 66,  relatando que durante o dia, o barulho mesmo é da galera vendendo Cd’s e o povo comprando na feira.

A reclamação faz sentido. De acordo com  a Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) o bairro ocupa a segunda posição, na listagem com maior número de reclamações por som alto, ao total foram 29.190 na capital baiana. Itapuã apresenta um total de 754 reclamações no período entre janeiro a junho de 2016, ficando atrás apenas de Cajazeiras (784).

“Pior que o som do carro, é a urina que fica nas lojas, igrejas e até fezes já teve aqui na frente da minha loja” reclama o comerciante José Araújo, 44.  A fedentina encontrada é o resultado da ‘farra’ do final de semana que atrapalha até a celebração da missa da  igreja local.  “Eles usam drogas, fazem baderna e todo final de semana aqui pega fogo”,  conta um morador que pede anonimato, com medo de represálias.

Lei

A lei permite, no máximo,  até 70 decibéis (dB), que é a unidade de volume do som, das 7h até as 22h.  Após esse horário, das  22h até as 7h, o permitido são 60 decibéis (dB). A multa para quem descumpre a norma varia entre  R$ 813 a R$ 135 mil. As reclamações sobre som alto deve ser feitas para a Sucom, por meio do telefone 156.

Além da multa, quem for pode pegar de 15 dias a até três meses de prisão, pela prática de contravenção penal por desrespeitar o sossego público. Vale lembrar que,  se o som for considerado pertubação do sossego público a situação pode virar caso de polícia.

Fonte: A Tarde

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