Revitalização do Abaeté divide opiniões entre comerciantes; gestor aponta falhas

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A comunidade de Itapuã que trabalha e reside nos arredores do Parque Metropolitano do Abaeté já tem há algum tempo requisitado obras de manutenção no local, visando uma maior qualidade de vida tanto para eles quanto para os frequentadores do local.

Parte de tal demanda foi atendida pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER), através da elaboração de um projeto de revitalização que prevê a reforma da área externa e dos equipamentos já existentes.

Serão reformados espaços como quiosque, centro comercial e sanitários, além da implantação de uma estação elevatória que irá garantir o esgotamento sanitário na área e ainda a recuperação ambiental do parque.

As obras, que representam um investimento total de R$2 milhões, foram retomadas no fim de 2015, e atualmente estão na fase de pavimentação em pedra portuguesa e concreto.

Alguns dos comerciantes demonstram satisfação com o andamento da ação. É o que garante o dono de um restaurante no local há mais de 20 anos, Claudio, pontuando que a concretização do projeto beneficiará o comércio local atraindo mais visitantes ao parque.

“Se for cumprida a previsão do projeto que nos foi apresentado, estaremos satisfeitos com o resultado. Criamos uma comissão de acompanhamento para garantir que os interesses dos comerciantes sejam respeitados e executados.”, afirma.

Há controvérsias

Contrariando as informações anteriores, entramos em contato com outra comerciante do parque, dona Nil, que possui um quiosque no parque há 48 anos. De acordo com ela, seu negócio está prejudicado pelo que define com “tapeação”, se referindo à revitalização.

Para a trabalhadora, as obras não tem cumprido as expectativas que os comerciantes tinham criado. “O que vemos aqui são os materiais jogados pelos cantos e os funcionários priorizando o chão enquanto alguns trabalhadores estão sem poder trabalhar porque seus quiosques não foram entregues.”, declara.

Ainda segundo dona Nil, a comissão formada para acompanhar o andamento da reforma tem tentado diálogo com a CONDER, afim de estabelecer novas diretrizes para execução do projeto. No entanto, ainda não foi realizado nenhum encontro com esta finalidade.

Compartilhando da opinião da vendedora, o gestor do parque há dois anos, Tiago Marques, aponta falhas tanto no projeto, quanto na execução da requalificação. “Essa obra é requisitada há muitos anos e já passou por diversos executores que nunca concluem os trabalhos. Vemos que o Abaeté não é priorizado como outras áreas da cidade e o que está sendo feito aqui não não tem sido satisfatório a nenhum de nós.”, acredita.

Em contato com o órgão, fomos informados de que os responsáveis pela reforma estão abertos ao diálogo e que buscarão atender à solicitação da comissão. A atual empresa responsável pela requalificação, cujo nome não foi divulgado, venceu a licitação em setembro do ano passado e iniciou as atividades em outubro.

O Itapuã City se compromete a acompanhar essa e as demais pautas que nos forem apresentadas. Tem uma sugestão? Nos encaminhe através do e-mail contato@itapuacity.com.br.

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