Semana (nada) Santa

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Supermercados lotados. Programas de culinária ensinando receitas de bacalhau. Encenações da Paixão de Cristo em escolas, praças, teatros. Um feriadão de quatro dias. E uma oportunidade para renovar a fé. São esses alguns dos elementos que fazem da Semana Santa a segunda grande festa religiosa dos povos católicos.

Durante este período as famílias se reúnem em busca de estreitarem os laços e fortalecerem as esperanças em dias melhores. E num momento onde ter esperança está cada vez mais difícil, vivências como este se tornam ainda mais importantes.

 A Semana Santa baiana este ano, porém, foi marcada por fatores nada apostólicos. Justamente a Bahia conhecida pelas suas centenas de igrejas e celebrações religiosas, viveu um verdadeiro calvário durante os dias de fé.

 O motim da Polícia Militar provocou medo e foi co-responsável por arrastões, atentados à vida e prejuízos materiais e sociais inestimáveis. A população ficou a mercê da criminalidade e um sem fim de lojistas tiveram seus estabelecimentos saqueados.

 Além disso, eventos culturais abertos ao público, como duas das apresentações da Paixão de Cristo realizada no Farol da Barra, foram cancelados graças à falta de policiamento. Comprometendo a já escassa programação cultural da cidade.

 Estando a polícia militar sob a égide do governo do estado seria natural que todos os prejuízos causados em função da paralisação da PM fossem ressarcidos. O óbvio, no entanto, nem sempre faz sentido para as autoridades, prova disso é a forma vagarosa que vem sendo resolvida a situação do mercado municipal de Itapuã, o que torna incerto o futuro daqueles que sofreram com a greve.

 

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