Todo dia é 02 de julho

Compartilhe:

coluna-pense-nisso

Dois de julho, um dia especial não só para o Estado da Bahia como para toda a nação brasileira, afinal de contas, foi neste dia do ano de 1823 que o último foco de resistência estrangeira sucumbiu em terras brasileiras e o nosso país tornou-se definitivamente independente.

Analisando a nossa história, no entanto, sobretudo a história recente, percebe-se que esta independência ainda não foi devidamente conquistada. O fato de termos uma Constituição genuinamente brasileira e tomarmos as nossas decisões políticas não significa que tenhamos total autonomia sobre nosso país. Isso porque há uma dependência em relação aos países do chamado primeiro mundo que nós insistimos em manter. Assim, continuamos seguindo os padrões internacionais e nos esquecendo de valorizar o que é nosso de fato, direito e conquista.

Além disso, vivemos uma dependência interna. A nossa classe política mantém o domínio sobre a população às custas de uma máquina pública corrupta e composta na sua quase totalidade por peças igualmente corruptas. No Brasil os cargos públicos são vistos, antes de qualquer coisa, como oportunidades de empregos estáveis, uma vez que as remunerações são elevadas e o trabalho é tido como “fácil”.

Porém, os movimentos que vêm acontecendo demonstram que o 02 de julho de 1823 e o 07 de setembro de 1822 estão apenas começando. O povo clama pela independência. Um país como o Brasil não pode viver preso aos grilhões daqueles que insistem em usurpar as nossas riquezas e explorar o nosso povo.

Por isso, o povo baiano deve viver este dia de independência como um dia festivo, mas, ciente de que o sentido desta data ultrapassa a folga no trabalho. Ela é o símbolo de uma sociedade mais igualitária.

“Nunca mais o despotismo regerá nossas ações/ Com tiranos não combinam brasileiros corações.” Não descansaremos enquanto este dia não chegar.

 

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *