Muriçocas

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Todos os anos é a mesma coisa: quando chega o verão para o bairro de Itapuã é tomado pelas muriçocas. Essas criaturinhas de pouco menos de 1 cm se multiplicam com o aumento das temperaturas e, além disso, encontram no grande volume de água que possui no bairro as condições ideais para a procriação.

As muriçocas não têm preconceito. Elas estão por toda e não escolhem cor, gênero ou classe social para atacar, de modo que são encontradas da periferia à ala nobre e tiram o sono de todos. E, além das tradicionais muriçocas esse momento é propício também ao aparecimento do temido Aaedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da dengue e outras graves doenças.

O lado positivo dessa infestação, se é que podemos chamar assim, é que a economia é impulsionada por esse ataque aéreo. A venda de sprays inseticidas, repelentes e, principalmente, as coloridas raquetes elétricas sofre um boom nesse fim de ano e junto com as compras de Natal garantem o giro da economia.

Os transtornos causados por esses vetores podem ser minimizados com ações governamentais e também gestos simples. Em relação ao serviço público, é necessário que a Vigilância Sanitária se utilize da prática de controle de vetores e os órgãos responsáveis realizem a limpeza de córregos e esgotos. Essas ações têm como finalidade, respectivamente, reduzir o número de insetos e dificultar a sua procriação.

Enquanto isso, nós cidadãos comuns e de bem devemos fazer a nossa parte estando sempre de olho nos reservatórios de água parada, no controle do lixo – que deve estar sempre muito bem fechado – e adotar práticas domésticas de controle de vetores, como o uso responsável de inseticidas, telas de proteção e repelentes.

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