O triste fim das casas de veraneio

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Itapuã. Foto: Arquivo A Tarde.

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Itapuã é um bairro que sofreu grandes mudanças ao longo de sua história. Tais transformações são tão abruptas que pouco lembra o pacato cenário  desfrutado pelos antigos moradores. Se você perguntar como era Itapuã antigamente, com certeza ouvirá histórias sobre fazendas, pescadores e casas de veraneio. Bem diferente do cenário urbano e desordenado que observamos hoje nas ruas nas praças e na avenida do bairro. Aos poucos, a  antiga Itapuã está perecendo.

Uma história não resgatada… 

Um dos principais elementos daquela Itapuã antiga são com certeza as casas de veraneio. Infelizmente, muitas delas encontram-se ameaçadas pela especulação imobiliária.  Aos poucos, o bairro vem perdendo espaço para os blocos e os concretos dos conjuntos habitacionais. As antigas casas de veraneio, motivo das brigas familiares por herança, estão sendo demolidas. Junto a elas, um pedaço da história do nosso bairro desaparece, para dar frutos à especulação imobiliária.

Muitas das casas faziam parte de uma grande história narrada pelos antigos. Não só as casas, mas também os grandes terrenos. Os sítios e as fazendas faziam parte da paisagem de Itapuã. Mas hoje, das terras surgiram os lotes que deram origem a uma grande leva de moradias. Muitos terrenos, abandonados, foram invadidos. E assim, por esse viés o bairro cresceu. Urbanizou. E foi perdendo a sua história.

As casas de veraneio por anos semeavam a discórdia de parentes, por motivo de herança. Essas moradias, coitadas, pereciam pouco a pouco, ilustrando uma triste memória de um passado distante. Mas agora este passado está se perdendo. É que a especulação imobiliária chegou, e com ela os consensos judiciais dos familiares.

Aos poucos a história de Itapuã vai se perdendo, e com ela, nossa identidade. Tendo isso em mente, qual seria a solução? Essa é uma questão que deve ser discutida e transformada ações positivas para a nossa comunidade. Quem sabe assim, poderemos resgatar bons frutos de uma bela história de amor.

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